26 de julho de 2010

O epílogo

Agora sim o tal epílogo...

5 meses e 17 dias depois - O capítulo final do livro de Erasmus.

É com isto do Erasmus que dou razão a quem compara a vida ao formato de um livro. É para mim o exemplo perfeito até. Inicio e fim bem definidos, uma história de linha evolutiva própria, personagens a entrar e a sair de cena a todo o momento, vasto conteúdo em humor, drama, aventura, algum erotismo... e muitas emoções.

Posso dizer que o este sujeito chamado Erasmus mudou a minha vida (e por isso te agradeço...) Incrivelmente, um período tão curto, pode fazer mais por nós do que 5 anos de universidade. Cinco meses e dezassete dias depois sinto-me muito confiante, positivo, motivado e aberto... Aprendi muito e não me custa nada afirma-lo.
O Erasmus deu-me também oportunidade de ver aquilo que nunca tinha visto (é um mãos largas o homem). Percorrer cidades emblemáticas do centro da Europa com espírito de aventura foi incrivelmente fascinante. Berlim, Budapeste, Viena, Cracóvia (que inclui visita a Auschwitz), e umas quantas viagens intra-RC, marcaram no meu corpo, não só mais 12000 km, mas também uma experiência inigualável e uma vontade de viajar ainda mais.

Foi também período de aprendizagem de trabalho. Um laboratório do ICT, para o melhor e para o pior, é bem diferente daquilo a que estamos habituados. Trabalhar neste sítio não é propriamente pêra doce. Mas há um facto que compensa tudo: eu fui patrão de mim próprio (e de outro também). Toda a dimensão do meu trabalho foi decidida e organizada por mim! Não estou a dizer que não conversava com o meu orientador ou que ele não me controlava... mas a verdade é que ele me deu liberdade para pensar as coisas por mim. Isso significou muito em termos de aprendizagem, e penso que não desapontei.

Fora do ICT conheci imensa gente, desde o tuga (que tanto é representado em Praga), e os óbvios checos, espanhóis, franceses, escoceses, alemães, holandeses, polacos, eslovacos, suíços, húngaros, russos, macedónios, suecos, noruegueses, americanos, turcos, gregos... e outros que agora não me lembro... e com todos eles aprendi coisas boas e más (porque nem todas as pessoas são boas...) e muitos deles me marcaram o coração. É incrível a força da ligação que se criam com estas gentes mesmo sabendo que possivelmente nunca mais se vão encontrar. Afinal é verdade que dizer "adeus" custa muito mais quando se está em Erasmus.

Todos eles levaram um pouco de mim e definitivamente tenho um pouco de todos comigo!

5 meses e 17 dias depois... o adeus...

Na Shledanou Ceska Republika... dekujeme...

ps.: Sugiro uma alteração ao lema do GRI para as mobilidades: em vez do "vai que é para aprenderes" sugiro "VAI QUE É PARA VIVERES" - não percas a oportunidade de fazer Erasmus porque a tua vida vai ser muito melhor se fores...


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