28 de fevereiro de 2011

Mais um fim de semana...

...menos um ano de vida.

Acho que ainda tenho o beat na cabeça por causa de ontem. Mas a isso já lá vamos...

Como é apanágio deste jovem leão (young lione), se é fim de semana ou perto disso, há que pôr os pés à estrada e queimar uns cartuchinhos. O pior é quando se acaba por não ter companhia (cambada de maricas :p). E 6feira foi assim, com canecos e energia no corpo, mas sem camaradas de luta é muito muito complicado (E o povo pah?).

No sábado repetiu-se a ida à shisha. Ao que parece que vai ser um belo de um novo hábito. Gosto disso, afinal dá para descontrair, conversar e passar o tempo sem stress nenhum. Mas nada cá de pseudo Tuaregs ou coisas do género. Umas casas bem mais típicas, com imensa escolha de chá e afins... e claro, a shisha. Ainda por cima, havendo turcos connosco, é ainda melhor. Os gajos dominam largo a ciência da coisa. Espero repetir imensas vezes.

A noite trouxe-nos o Roxy. (É pena que não tenha sido literalmente, afinal ainda andamos um bom "padaço" para lá chegar). Tinha mais fumo que oxigénio, mas estava mesmo à medida do que queria para aquela noite. Hunz hunz hunz até para lá da hora. Uma coisa que não muda com a distancia é que o leão (young lione) serve muito bem de bengala - coisas da vida.

A acrescentar que, em apenas dois dias, esbarrei-me com (também) duas caras conhecidas e que já não via há para lá de muito tempo. Há coisas fantásticas não há?

Outra pessoa que apareceu foi o José do Alzheimer... Começo a ter problemas de memória...

Do vosso correspondente em Praga,
Na Slhedanou

26 de fevereiro de 2011

Publicamente transportado...

...várias vezes ao dia.

Entre metro, autocarros e trams, é comum passar bastante tempo em transportes públicos. Um bocado de companhia faz sempre falta e eu arranjei a minha - música.

Coisas mais ou menos antigas, ou mais ou menos velhas têm passado pelo meu canal auditivo. E sinceramente assim também é bom para ouvir umas coisas novas.

Por exemplo, as minhas viagens nocturnas de 511 têm tido um álbum favorito.


Radiohead - In Rainbows. Apesar de já terem algo novo, ando bem agarradinho ao anterior. Até porque encaixa perfeitamente na vista nocturna da cidade e nas luzes que passam.




Já a minha rotina diária tem tido outro sonoro: Broken Social Scene - Forgiveness Rock Record


Um sonoro muito muito agradavel:

 

Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

24 de fevereiro de 2011

Virado para Mecca

...mas não foi para rezar.



Quase um ano depois de ter estreado Mecca como saída nocturna (numa saudosa noite em que, apesar de ter começado mal e desorientada, acabou com um grande show do grande Raikkonen e do gracioso dançarino asiático com casaco de pele), voltamos a virar-nos para Mecca.

Ora Mecca não é para qualquer um, afinal o som a roçar o techno não é muito friendly, mas a casa estava bem composta e tinha bom ambiente.Gosto de Mecca, é bem melhor que o pó da Karlovy Lazne e o horror do Cross...

Mas esta noite teve encantos incríveis.
É cultura geral que os checos são dados ao pornográfico. Acho até que deve ser uma profissão que aparece nas listas dos testes psico-técnicos. É gente de amor fácil e que gosta de contacto físico. Com isto quero introduzir o seguinte: imaginem um sofá, um casal checo, muitos gajos a tirar fotografias ao casal checo. Não vou descrever o que vi... afinal isto não é um blog para adultos.

Mecca que tantas alegrias e histórias me trazes...

Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

21 de fevereiro de 2011

Cross club...

...e o porquê de nunca lá deverem ir.

Foi preciso voltar para cá para cair num dos piores sítios onde já estive. A fama já eu conhecia e por causa disso é que nunca lá tinha ido. Digo mais, planeava nunca lá por os pés. Mas desta vez, quando soube que ia para lá, já estava praticamente na porta. Como não estava para ir sozinho para outro sítio... lá segui a manada.

Mas a manada não achou grande pistola. Posso até afirmar que grande parte dela não quer lá voltar.

Pagar por um sítio daqueles é um crime. Em primeiro lugar, devia era estar fechado. Estando aberto, tinha que ser à borla. Não tem qualquer qualidade. O BA em obras era mais limpo, e o barulho das máquinas era bem melhor que o pseudo d'n'b que lá estavam a passar. As drogas eram bem necessárias para aguentar aquilo.

Uma cerveja e uns matrecos depois -> me going home...

...para nunca mais voltar.

Do vosso correspondente em Praga
Na Shledanou

19 de fevereiro de 2011

Querido Tram

the tram system of prague


Querido tram,

Desde que voltei a Praga tenho sido um bom menino. Tenho-me comportado e tenho já um bom repertório de boas acções. Esforço-me no trabalho para ter bons resultados e até vou fazer uns extras para que as coisas corram melhor. Tenho cumprido com as minhas obrigações. Tenho jantado em casa e faço umas refeições, dentro dos possíveis, razoavelmente saudáveis. Tenho sido bastante prestável e cuidadoso.

Com isto, querido tram, queria lembrar-te que as minhas boas acções estão a pesar mais do que as más. Por isso penso que posso pedir-te algo para mim. Pode parecer um pouco egoista ou até um negócio, mas quando pensares nisto vais ver quer é uma coisinha muito pequena e quase insignificante para ti, mas de muito valor sentimental para mim.

Eu tenho usado o tram nocturno com bastante frequência mas as coisas não têm corrido muito bem. Queria então pedir-te que não me adormecesses durante as viagens. Torna-se cansativo e chato ser acordado pelo motorista e descobrir que estou sabe-se lá onde, e que me vai ser difícil voltar a casa. Uma vez é uma aventura, mas mais do que isso é medianamente aborrecido.

Compreendo que estejas muito ocupado a resolver problemas como a fome no mundo e a iliteracia dos países pobres, mas se tiveres 5 minutinhos para me dares esta prenda eu ficarei eternamente agradecido.
Com muito amor,
Miguel

18 de fevereiro de 2011

Uma questão de divisas...

Ora digam-me lá a quanto é que está a bunda em Portugal....

17 de fevereiro de 2011

Uma noite soft.... transformada em várias...

Há dias assim... Sais de casa decidido a ter uma noite calma, até porque o orçamento para o fim de semana está muito apertado - vá-se lá saber porquê - e só queres é dar duas treta e passar bem o tempo. Pois é, era bonito que assim fosse. Mas a verdade é que quem me viu a caminho de casa devia ter vontade de me dar uns trocados. Isso é que tinha sido porreiro... uns trocaditos para o lanche.

Não é para pensar que me embubadei como a mula do tio Armindo. Eu sei que é o primeiro pensamento que ocorre, mas tenho que dizer que está ERRADO. Foram só umas copadas de martini e uns joguitos de cartas. Até porque cheguei a casa com o mesmo dinheiro que tinha quando saí.

Só que isto é novidade para alguns e compreendo bem que lhes estejam a dar com força. Mas a força foi tanta que o corpo não aguentou, e quem levou com uns (graças a Deus muito pequenos) salpicos de bolo digestivo fui eu. Já Praga tinha saudades do grego Erasmico.

Findado o fim de semana e novamente agarrado ao trabalho, não havia outros planos que não descansar durante o serão. Mas lá está, "havia" mas não "houve". O pequeno demónio convenceu-me a ir confraternizar na terça-feira.... e na quarta... e hoje... e amanhã.... É um pouco chato para quem é um apreciador de sono, mas lá tem que ser.

Como hoje é dia de apresentação checa, deixo-vos com um sonoro à maneira:


Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

12 de fevereiro de 2011

EPIC FAIL

Não há outra expressão para tal coisa... um EPIC FAIL é totalmente adequado.

Eu não moro no centro da cidade. É um facto. Mas também não moro no campo... Num dia normal, demoro mais tempo a chegar à estação de metro do que, depois de entrar nele, a chegar ao centro da cidade. Numa noite normal, Faço a viagem do centro até casa nuns arredondados 20 minutos. Óptimo.

Ontem não foi uma noite normal, foi uma noite EPIC FAIL. Eram 04:15 quando saímos do NEBE para rumar a casa. Consultando o dpp.cz é facil saber o tempo que eu precisaria para chegar a casa... 17 minutos.


Repito: 17 minutos. 

Acontece que não foi esse o tempo que demorei a chegar a casa. A realidade é que precisei de 2h30min para me por na cama a dormir. 

1º Episódio - O tram nocturno
Tentei apanhar o tram nocturno, mas quando cheguei à paragem já ele tinha passado. É óptimo, principalmente depois de se ter andado um bom pedaço.

2º Episódio - O metro
Falhado o tram nocturno, decidi então ir para o metro: linha A e depois linha C. Ao trocar de linha, já estava eu sentado no banquinho a aquecer a cama com a mente quando desligam as luzes do metro, ligam uma espécie de sirene e o speaker começa a dizer cenas aleatórias em checo. Percebi 0 mas como toda a gente saiu, eu também saí. 

3ºEpisódio - O tram de serviço normal - volume 1
Ora sem metro preciso de um tram, e arranjar um que me leve a casa não é fácil pois não tenho habito de o usar para este trajecto. Mas lá arranjei um que parava na estação de metro antes da que eu pretendia, depois trocava de tram e era fácil pa chegar a casa. Ou eras... Porque adormeci e não saí quando devia.

4ºEpisódio - O tram de serviço normal - volume 2
Há que sair rapidamente do tram e voltar para trás no primeiro transporte que aparecer. Depois de 10 minutos de gelo absoluto lá consegui chegar a Kobylisy, onde pude iniciar a minha ultima viagem.

5ºEpisódio - O metro
Arrisquei ir de metro outra vez e, desta vez tive sorte: já funcionava. Curta a viagem mas longa a espera... só faltava uma estação e esta lá acabou por chegar. Nunca fiquei tão contente por ouvir "pristi stanice Ladvi".

Duas horas e 30 minutos depois, este EPIC FAIL acabou. 

Tu, que me lançaste mau olhado, vais arder no fogo do inferno...

Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

10 de fevereiro de 2011

changes

As coisas mudaram desde que voltei para Portugal e até que embarquei para mais uma paródia europeia. Não falo do país ou como o vejo, porque isso já eu gabei. Falo das pessoas e falo de mim. 

Existe em todo lado e para toda a gente, ligações que não resultam. Todos temos pessoas com quem não simpatizamos e que agradecemos a minimização do contacto pessoal. É normal e não faz de nós melhores ou piores.

Estranha e contrariamente ao que acontecia há seis meses atrás, e desconsiderando o lapso temporal, as coisas mudaram da noite para o dia. Passar do evitar contacto para uma "quase" amizade bastante descontraída parece-me de todo muito surreal. O que terá causado tal alteração de opinião? Não faço a mínima ideia... mas posso dissertar sobre isso.

É certo e sabido que estas coisas do estrangeiro mudam as pessoas. Eu reconheço algumas mudanças e terceiros reconheceram outras... mas não parece que seja uma mudança destas que explique este processo. Para melhor ou para pior, com coisas melhoradas ou pioradas, não estarei muito longe da linha habitual.

Não pode também ser por causa da responsabilidade. Afinal, e apesar ser na altura Erasmus (e a toda a irresponsabilidade a isso associada), eu tinha o meu trabalho e fazia-o sem vacilar. Não é agora que não tenho esse rótulo que sou mais responsável. Culturalmente e linguisticamente não estou melhor. Ignorando os seis meses em Portugal, só tenho mais 15 dias de Republica Checa que no dia em que me fui embora.

Resta-me imaginar que pode ter sido por ter perdido peso... mas é verdade que nunca fui obeso ;)

Seriamente, parece-me que as coisas andam a mudar e eu estou a passar ao lado...
...ao menos, que seja para melhor :)
Do vosso correspondente em Praga
Na Shledanou

9 de fevereiro de 2011

A winter morning sunrise over Praha...

7 de fevereiro de 2011

7th of February

Hoje é dia de aniversário. No já longínquo ano de 2010, pelo sétimo dia de Fevereiro, este artolas pôs os pés em solo checo.

Um ano passado recordo que, nesse dia, estava para cima de frio e a neve devia chegar a meio metro em certos pontos. Arrisco-me a dizer que estaria dia para uns belos -10ºC. Ora, hoje também tivemos 10.... positivos. Já vi mais sol em 15 dias do que no inverno (e quem sabe primavera) do ano passado. O ditado diz "ano novo, vida nova", aqui será caso para dizer "ano novo, meteorologia nova".

Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

6 de fevereiro de 2011

contos de um domingo (quase quase) como os outros...

Andar na cidade de maquina fotográfica na mão pode ser um tanto ao quanto envergonhante. Não digo isto pelo ar de turista que isso dá. Afinal, eu e turismo nesta cidade não é uma ligação muito lógica - ninguém é turista na cidade onde vive e trabalha. Mas enquanto que eu saco da minha normalíssima Panasonic de 150€ (e já bem bom...), passam por mim duas pessoas com super maquinas equipadas com objectivas XPTO capazes de apanhar uma pulga no cimo do telhado do castelo... e olhem que eu sou bastante rápido a sacar da máquina...

A verdade é que a cidade parecia ter acolhido, não um, mas vários clubes de fotografia... e é como se diz na gíria: até nos podemos sentir bem com o que temos, mas se nos põem ao lado de uma de preto... podemos nos sentir um nadinha diminuídos...

Lá está, devia ser por causa de ser Domingo. É que ninguém sai de casa ao Domingo, porque já se sabe que pode correr mal...

Bem, fiquem com aquilo que eu (e o photoshop) temos andado a fazer pela cidade:

 

Do vosso correspondente em Praga,
Na Shledanou

5 de fevereiro de 2011

Jack Rabbit Slim's

Mazanej Kralicek aka Jack Rabbit Slim's foi o spot da primeira noite a sério em Praga depois do retorno. Foi a primeira vez que lá fui (estranhamente) e é um bom espaço para se estar. Está aprovado.

Fui lá cair por arrasto ao grupo da festa onde estive antes. A festa começou num apartamento mas acabou no que se pode chamar de pocilga. (Boa sorte com as limpezas :p). A descrição é totalmente desnecessária, ficando apenas de bom tom mostrar a foto da noite:

Foi com muito esforço que consegui... Deixo apenas uma descrição por tag's: loira, checa, pepino, simulação, felatio, gratuito, awesome...

Na Shledanou...

ao que parece...

...tenho a cabeça bem pesada...

3 de fevereiro de 2011

Electricidade estática

Toda a gente a conhece, e mais ou menos frequentemente, se vai cruzando com ela. Desde que cá estou encontrei-a todos os dias.

Não é que já não devesse estar um pouco mais à vontade com ela. Afinal desde há um ano que era comum encontra-la sempre que chamava o elevador em Volha. O que é certo é que, este ano, ela está mais presente e mais portentosa. Se fosse um outro tipo de ela, penso que não correria mal, mas cruzar-me com ela sempre que abro o elevador ou a porta da saída não tem sido nada agradável. É cada choque pela manhã... que bela maneira de começar o dia.

2 de fevereiro de 2011

Desde que eu fui embora...

...alguém pegou nesta cidade e mudou-a para melhor. Há, em certos pontos, coisas bem difíceis de reconhecer...

Tenho que admitir que, apesar de ser muito mais agradável, é muito estranho não ser olhado por um qualquer checo ao qual eu requisite um serviço como se eu fosse um comunista estrangeiro que veio para aqui lutar pelo ressurgimento da União Soviética. Desta vez as pessoas têm-se dignado a esforçar-se por arranhar um inglês que chega a ser melhor que o de muitos licenciados deste país. Desde a senhora do passe até à da caixa do Albert. Muito bem.

O ponto mais notado é na residência. Passar de algumas experiências menos boas com uma velha caduca da recepção ou apenas para mudar os lençóis para um local onde me tratam muito bem e nada é dito sem um sorriso... é muita evolução.

Hoje até me vieram trazer o prato à mesa...

Se isto fosse no facebook, iria definitivamente levar com um "gosto".


Na shledanou